Refletindo sobre uma formação recebida há algum tempo atrás e sobre um post do site "O Catequista", surgiu essa partilha sobre algo que acontece com muitos de nós, jovens católicos:

Nós temos um grande potencial dado por Deus para lançar sementes, alcançar aqueles que ainda não encontraram a Cristo, levar Luz onde há trevas, anunciar o Evangelho de forma eficaz, ser o Batalhão de Operações Especiais, o BOPE da Evangelização, por assim dizer, não por ser melhor que ninguém, isso NÃO somos, mas por ir onde outros não podem ir pois já possuem outra função também importante. É assim que um BOPE age, eles vão onde outros talvez já tentaram, mas não tiveram muito acesso ou não puderam dar o cuidado específico, pois já exercem outra função, em outra área. Ou seja: me refiro às pastorais que cuidam de coisas específicas relacionadas geralmente aos fiéis. E a nós, que temos alcance de "áreas" diferentes, outros jovens, outras realidades. Um jovem ouve e observa mais outro jovem do que uma pessoa da idade de seus pais.
Muitas ficamos fechados, engessados, nos moldes pré-estabelecidos que conhecemos e não abrimos as portas, os olhos, para as diversas possibilidades que a Igreja nos oferece de vivermos concretamente a ordem de Jesus, que o Papa Francisco reforçou: "IDE!" São Paulo quando era mais velho que nós foi muito além na evangelização do que qualquer missionário que conheço da nossa geração e olha que nem existia automóvel e que falar de Cristo podia acabar em morte, mas olha o que ele fez por Cristo! Dizem que somos jovens até os 35 anos de idade. No entanto, bem mais novos que isso às vezes nos contentamos com o mínimo, não damos o máximo, nos conformamos que as coisas tem que seguir um caminho x e pronto, muitas vezes não olhamos além das paredes da nossa paróquia a quantidade de pessoas que não conhecem melhor a Cristo. Nós temos a faca e o queijo na mão, mas nem sempre utilizamos. A ação missionária, o apostolado, não precisa se restringir apenas à paróquia! Somos chamados a ir além, "a Igreja é missionária", nos diz o Papa. Nós somos membros deste Corpo Místico que é a Santa Igreja, cuja cabeça é Cristo, somos Igreja. Mas estamos sendo missionários?
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Beato Pier Giorgio Frassati |
"Nenhum católico deve necessariamente integrar qualquer movimento. Mas acho – eu acho – que todos deveriam ter, no mínimo, a curiosidade de conhecer algum desses grupos. Afinal, marchando juntos, como um exército bem treinado e disciplinado, somos mais fortes e unidos.
(...) Para responder às demandas e desafios da sociedade atual, o Espírito Santo suscitou os movimentos eclesiais, trazendo novas formas de evangelização (ainda que, eventualmente, determinados aspectos de alguns movimentos precisem ser aperfeiçoados ou corrigidos). Essa era a opinião do Beato João Paulo II, que os incentivou fortemente."