Jovens evangelizadores: o "Batalhão de Operações Especiais" de Cristo

Refletindo sobre uma formação recebida há algum tempo atrás e sobre um post do site "O Catequista", surgiu essa partilha sobre algo que acontece com muitos de nós, jovens católicos:

A gente cresce meio que sob uma fôrma, um molde, de como deve ser nossa caminhada na Igreja, mais ou menos assim: Batismo, 1ª Eucaristia, Crisma, grupo jovem, pastoral. Mas será que é "só" isso ou podemos ampliar nossa visão de mundo, de evangelização, daquilo a que Deus nos chama e capacita como membros de Seu Corpo místico? As pastorais fazem o bonito papel de manter e cuidar dos fiéis. Tem a pastoral da Acolhida, da Família, da Juventude, etc. Elas tem uma função muito importante no Corpo de Cristo, vão geralmente onde a semente foi plantada, para cuidar, cultivar ou ajudar no crescimento dessas sementes. Isso é lindo! Só que a velocidade que o mundo caminha hoje para o comportamento degradante, exige de nós jovens um esforço muito maior do que temos feito. Não foi a toa que o Papa nos intimou.

Nós temos um grande potencial dado por Deus para lançar sementes, alcançar aqueles que ainda não encontraram a Cristo, levar Luz onde há trevas, anunciar o Evangelho de forma eficaz, ser o Batalhão de Operações Especiais, o BOPE da Evangelização, por assim dizer, não por ser melhor que ninguém, isso NÃO somos, mas por ir onde outros não podem ir pois já possuem outra função também importante. É assim que um BOPE age, eles vão onde outros talvez já tentaram, mas não tiveram muito acesso ou não puderam dar o cuidado específico, pois já exercem outra função, em outra área. Ou seja: me refiro às pastorais que cuidam de coisas específicas relacionadas geralmente aos fiéis. E a nós, que temos alcance de "áreas" diferentes, outros jovens, outras realidades. Um jovem ouve e observa mais outro jovem do que uma pessoa da idade de seus pais.

Muitas ficamos fechados, engessados, nos moldes pré-estabelecidos que conhecemos e não abrimos as portas, os olhos, para as diversas possibilidades que a Igreja nos oferece de vivermos concretamente a ordem de Jesus, que o Papa Francisco reforçou: "IDE!" São Paulo quando era mais velho que nós foi muito além na evangelização do que qualquer missionário que conheço da nossa geração e olha que nem existia automóvel e que falar de Cristo podia acabar em morte, mas olha o que ele fez por Cristo! Dizem que somos jovens até os 35 anos de idade. No entanto, bem mais novos que isso às vezes nos contentamos com o mínimo, não damos o máximo, nos conformamos que as coisas tem que seguir um caminho x e pronto, muitas vezes não olhamos além das paredes da nossa paróquia a quantidade de pessoas que não conhecem melhor a Cristo. Nós temos a faca e o queijo na mão, mas nem sempre utilizamos. A ação missionária, o apostolado, não precisa se restringir apenas à paróquia! Somos chamados a ir além, "a Igreja é missionária", nos diz o Papa. Nós somos membros deste Corpo Místico que é a Santa Igreja, cuja cabeça é Cristo, somos Igreja. Mas estamos sendo missionários?

Beato Pier Giorgio Frassati
 Nós jovens não somos melhores que os outros, não estamos em uma competição, somos "servos inúteis" tentando cumprir nosso papel no Corpo de Cristo, como muitos outros, pequenos, cheios de pecados, tentando servir a Deus, permitir que Ele nos capacite e nos envie. Cada membro deste Corpo tem uma função importante, mas às vezes a gente paralisa em moldes pré-concebidos e criamos preconceitos (pré-conceitos, geralmente equivocados) em relação às inúmeras possibilidades que a Igreja nos oferece e à realidade do mundo atual que padece. Vejamos o exemplo do Beato PIER GIORGIO FRASSATI, que fez parte dos Dominicanos, da Beata CHIARA LUCE, que era dos Focolares, de tantos outros que não se contentaram em fazer o mínimo que podiam, mas buscaram e deram o máximo. Sempre há algo que podemos fazer, aprender, buscar, melhorar e levar a outros no nosso cotidiano. Nisso, encero com um trecho e o link do post do site "O CATEQUISTA", que completa bem essa reflexão:

"Nenhum católico deve necessariamente integrar qualquer movimento. Mas acho – eu acho – que todos deveriam  ter, no mínimo, a curiosidade de conhecer algum desses grupos. Afinal, marchando juntos, como um exército bem treinado e disciplinado, somos mais fortes e unidos. 
(...) Para responder às demandas e desafios da sociedade atual, o Espírito Santo suscitou os movimentos eclesiais, trazendo novas formas de evangelização (ainda que, eventualmente, determinados aspectos de alguns movimentos precisem ser aperfeiçoados ou corrigidos). Essa era a opinião do Beato João Paulo II, que os incentivou fortemente."


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